O Presente e o Futuro.

Eu sempre gosto de pensar nas escolhas que faço todos os dias da minha vida, e por esses dias no qual estou tendo um tempinho a mais pra olhar pra mim, pra pensar na vida estou ainda mais focada nesses pensamentos, na verdade eles acontecem mesmo sem você buscar, é aquilo que eu vivo dizendo e acredito ser a voz do coração,há alguns dias estou pensando muito sobre o quanto perdemos de viver o hoje pois estamos sempre preocupados com o amanhã. E ai vem aquele questionamento: E se o amanhã não vier? É claro que o meu desejo de viver muitos anos  na hora já responde, mas é claro que vai vir! Mas na verdade nem eu nem você e nem ninguém sabemos até quando é o nosso futuro, e talvez estamos deixando de viver muitas coisas  hoje pensando em conquistar tudo amanhã. 
 Há pouco antes de ler este texto que vou compartilhar abaixo, havia postado uma frase em meu Twitter que resumia um pouco do que citei acima e tem muito do texto que vão ler abaixo.

     As vezes pensamos tanto em nosso futuro, que deixamos de viver o nosso presente.

Acredito estar acordando um pouco para isso e procurando viver mais as coisas que eu quero hoje, não deixar tudo pra depois, afinal como diz uma canção de Pity: não deixe nada pra depois não deixe o tempo passar, não deixe nada pra semana que vem, pois semana que vem pode nem chegar. Espero que minhas breves palavras faça despertar o mesmo sentimento de viver o agora, não que eu seja contra pensar no futuro até porque admito que eu penso demais em meu futuro, mas será que pensar demais não atrapalha o hoje? Vivamos sim pensando no amanhã, mas sem deixar de viver também o hoje..



Compartilho abaixo um texto que li agora que fala um pouco sobre isso também, espero que gostem.

O caminho de volta


Já estou voltando. Só tenho 37 anos e já estou fazendo o caminho de volta. Até o ano passado eu ainda estava indo. Indo morar no apartamento mais alto do prédio mais alto do bairro mais nobre. Indo comprar o carro do ano, a bolsa de marca, a roupa da moda.



Claro que para isso, durante o caminho de ida, eu fazia hora extra, fazia serão, fazia dos fins de semana eternas segundas-feiras. Até que um dia, meu filho quase chamou a babá de mãe!

Mas, com quase quarenta, eu estava chegando lá. Onde mesmo? No que ninguém conseguiu responder, eu imaginei que quando chegasse lá ia ter uma placa com a palavra "fim". Antes dela, avistei a placa de "retorno" e nela mesmo dei meia volta.


Comprei uma casa no campo (maneira chique de falar, mas ela é no meio do mato mesmo). É longe que só a gota serena. Longe do prédio mais alto, do bairro mais chique, do carro mais novo, da hora extra, da babá quase mãe.

Agora tenho menos dinheiro e mais filho. Menos marca e mais tempo. E não é que meus pais (que quando eu morava no bairro nobre me visitaram quatro vezes em quatro anos), agora vêm pra cá todo fim de semana? E meu filho anda de bicicleta, eu rego as plantas e meu marido descobriu que gosta de cozinhar (principalmente quando os ingredientes vêm da horta que ele mesmo plantou).

Por aqui, quando chove, a Internet não chega. Fico torcendo que chova, porque é quando meu filho, espontaneamente (por falta do que fazer mesmo) abre um livro e, pasmem, lê. E no que alguém diz "a internet voltou!" já é tarde demais porque o livro já está melhor que o Facebook, o Twitter e o Orkut juntos.

Aqui se chama "aldeia" e tal qual uma aldeia indígena, vira e mexe eu faço a dança da chuva, o chá com a planta, a rede de cama. No São João, assamos milho na fogueira. Aos domingos, converso com os vizinhos. Nas segundas, vou trabalhar, contando as horas para voltar.

Aí eu me lembro da placa "retorno" e acho que nela deveria ter um subtítulo que diz assim: "retorno – última chance de você salvar sua vida!" Você provavelmente ainda está indo. Não é culpa sua. É culpa do comercial que disse: "Compre um e leve dois". Nós, da banda de cá, esperamos sua visita. Porque sim, mais dia menos dia, você também vai querer fazer o caminho de volta.

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